Sumaré e Monte Mor registram cinco mortes por Influenza, afirma Estado
Além das mortes, Sumaré totaliza 26 casos confirmados e Monte Mor, dois; baixa cobertura vacinal contribui para agravamento dos quadros; vacina está disponível para população acima de 6 meses nas Unidades Básicas de Saúde
Sumaré e Monte Mor somam cinco mortes causadas por Influenza
em 2025, segundo dados do painel de monitoramento da Influenza, mantido pelo
governo estadual. Em Sumaré, foram registradas quatro mortes desde o início do
ano. A cidade também contabiliza 26 casos confirmados da doença. Já em Monte
Mor, houve uma morte e dois casos confirmados.
As autoridades de saúde alertam que o aumento no número de
casos graves e de óbitos está diretamente ligado à baixa cobertura vacinal
contra a Influenza. A vacina é a principal forma de prevenção, reduzindo
significativamente as complicações, internações e mortes. Por isso, recomendam
que a população compareça até as unidades de saúde para se vacinar.
Com a chegada do inverno, período em que o vírus circula com
maior intensidade, especialistas reforçam a importância de se vacinar o quanto
antes. Além disso, medidas como higienizar as mãos, cobrir o rosto ao tossir ou
espirrar e evitar locais com aglomeração também são fundamentais para conter a
disseminação do vírus.
A Secretaria de Saúde de Sumaré reforçou o alerta sobre a
vacinação contra a gripe. Apenas 34,25% do público-alvo foi imunizado, bem
abaixo da meta de 90% do Ministério da Saúde. A pasta destacou a importância da
vacinação contra a Influenza para toda a população a partir dos 6 meses de
idade.
Desde o início da campanha, em abril, foram aplicadas 34.166
doses no município. O público-alvo inclui crianças, gestantes, idosos e pessoas
com comorbidades. A secretaria orienta que todos os moradores verifiquem sua
situação vacinal e procurem a unidade de saúde mais próxima com urgência,
principalmente diante da previsão de baixas temperaturas nos próximos dias.
Para receber a vacina, é necessário apresentar carteira de vacinação e documento de identificação com foto. Crianças devem estar acompanhadas dos responsáveis. Em todo o ano de 2024, o Estado de São Paulo registrou a cobertura vacinal de 53,57% do grupo prioritário, que inclui crianças, idosos, gestantes, puérpera e povos indígenas.
AMPLIAÇÃO DA VACINAÇÃO
Em maio deste ano, o Estado informou que ampliou a vacinação
contra a gripe nos 645 municípios paulistas para toda a população acima dos 6
meses de idade. A imunização é feita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A vacina contra o vírus influenza foi incorporada ao
Calendário Básico de Vacinação, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.
Diante disso, a vacinação teve início para os grupos prioritários, que
englobavam idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos,
gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.
SP ADOTA MEDIDAS PREVENTIVAS APÓS CASO ISOLADO DE INFLUENZA
AVIÁRIA
Em junho, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária
confirmou o primeiro caso positivo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade
(IAAP) em 2025 no Estado de São Paulo. O foco ocorreu em uma ave silvestre, uma
Marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor) que foi localizada na região central de
Diadema, município da grande São Paulo. Trata-se de um caso isolado, em ave
silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção
de alimentos.
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria
de Agricultura e Abastecimento atuou no isolamento da ave, sendo esta examinada
com colheita de amostras. A ave foi encontrada sem reação à presença humana e
apresentava sinais clínicos como dificuldade de voar, letargia e com alterações
respiratórias e neurológicas.
A Defesa Agropecuária frisou que em se tratando de foco de
IAAP em ave silvestre, não ocorre embargos nas exportações de carnes e ovos,
não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a
Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O Governo de São Paulo garantiu que
não há risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de
carne de aves e ovos é seguro.
A Defesa Agropecuária informou ainda que não existem estabelecimentos avícolas comerciais no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco e que são realizadas ações de vigilância epidemiológica na área procurando identificar a possível ocorrência de mortalidade em aves e ou existência de sintomatologia compatível à Influenza Aviária a partir de ações de educação sanitária visando a também a instrução em relação a doença aos moradores locais.
ORIENTAÇÕES
A Defesa Agropecuária reforça que o consumo de aves e ovos
não transmite a doença e pede para que a população siga as orientações do
Serviço Veterinário Oficial (SVO) e não toque em aves que possam apresentar os
sinais clínicos.
A infecção humana ocorre principalmente por contato direto
com aves infectadas, portanto aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas
sem a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) e a Defesa
Agropecuária deve ser acionada imediatamente caso ocorra alguma suspeita da
doença ou identificação de aves mortas.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
A Secretaria de Estado da Saúde informou que acompanha, em
conjunto com as secretarias de Agricultura e Abastecimento, e de Meio Ambiente,
Infraestrutura e Logística, o cenário da gripe aviária no Estado. A pasta, por
meio da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), elaborou um Plano de
Contingência para coordenar ações para o enfrentamento em casos de influenza
aviária em humanos.
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