Política
Prioridade do benefício é para famílias com crianças, idosos, PCDs e portadores de doenças crônicas

Parecer jurídico confirma legalidade de projeto de lei de Danilo que dobra auxílio moradia em Paulínia

Prefeito propôs atualização após 10 anos sem reajuste, elevando valor para R$ 1.235 mensais; benefício vai atender famílias em vulnerabilidade social e risco habitacional; aumento adequa repasse ao custo real de aluguel na cidade

A Procuradoria Jurídica da Câmara de Paulínia deu parecer favorável ao Projeto de Lei 80/2025, apresentado pelo prefeito Danilo Barros (PL), que propõe a reordenação do Programa de Auxílio Emergencial de Moradia e o reajuste do benefício para famílias em situação de vulnerabilidade social. A proposta prevê elevar o valor atual de R$ 600 para R$ 1.235 mensais — mais que o dobro — após uma década sem correção.

De acordo com o Executivo, a atualização busca corrigir a defasagem que dificultava o acesso a moradias adequadas dentro do valor pago pelo auxílio. O benefício destina-se a famílias de baixa renda, sem imóvel próprio, em risco social ou habitacional decorrente de desastres, insalubridade ou outras situações graves.

O projeto também amplia o alcance do programa, permitindo a concessão em casos de vulnerabilidade identificados por equipes da Secretaria de Assistência Social ou Habitação, mesmo fora de situações emergenciais. Entre os grupos prioritários estão famílias com crianças de até 12 anos, pessoas com deficiência, idosos e portadores de doenças crônicas.

Se aprovado pelo Legislativo, o auxílio poderá ser pago por até 12 meses — seis meses prorrogáveis por mais seis — mediante apresentação de recibo de aluguel quitado e contrato formalizado. O imóvel deverá estar localizado em Paulínia, fora de áreas de risco e em condições adequadas de habitação.

A proposta estabelece que a titularidade seja preferencialmente da mulher responsável pelo núcleo familiar, reforçando a proteção social. A fiscalização ficará a cargo de equipes técnicas, que também serão responsáveis por suspender o benefício em casos de fraude ou perda dos critérios de elegibilidade.

Segundo estimativa da prefeitura, o impacto orçamentário será de R$ 90 mil em 2025, R$ 228,9 mil em 2026 e R$ 242,7 mil em 2027, com possibilidade de suplementação de recursos. A nova lei revogará a norma de 2015 que regulamentava o auxílio.

O parecer jurídico confirma que a proposta está alinhada à Constituição Federal e à legislação de assistência social, não apresentando incompatibilidades legais. O texto seguirá agora para análise das comissões permanentes e, em seguida, votação em plenário. Caso aprovado, o novo valor poderá começar a ser pago ainda este ano.


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