Mulheres representam 19,23% das candidaturas às prefeituras da região
Dos 26 candidatos ao cargo de prefeito nos municípios de
Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa, Monte Mor e Paulínia, cinco são mulheres,
segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral
Beth Soares | Tribuna Liberal
Dos 26 candidatos às prefeituras da região (Sumaré, Nova
Odessa, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia), cinco são mulheres. O número
representa 19,23% do total de registro de candidaturas ao cargo de prefeito. Os
dados estatísticos são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Somando-se todos
os cargos (prefeito, vice-prefeito e vereador), 553 mulheres estão na disputa
na região, o que representa 34,11% do total de candidatos. O TSE realiza
campanhas de incentivo à participação da população feminina na política, que
representa mais de 52% do eleitorado (veja reportagem nesta página).
Hortolândia é a cidade com maior número de mulheres na disputa pela Prefeitura. Das cinco candidaturas, duas são de mulheres: Aline Nunes (DC) e Eliane Garcia (Psol). Em 2020, a cidade tinha oito candidaturas masculinas à Prefeitura e somente uma feminina, a de Eliane Garcia. Em Sumaré, de um total de seis candidatos, Ana Cléia Meneghetti é a única mulher na disputa pelo cargo majoritário. Um avanço comparado com as eleições municipais de 2020, quando nenhuma mulher se candidatou a prefeita.
Monte Mor é a única cidade da região sem candidatura feminina. Lá, três homens concorrem ao cargo de prefeito. O cenário é diferente das eleições de 2020, quando o município teve três candidatas, número que representava 42,85% das sete candidaturas ao Executivo.Dos três candidatos à Prefeitura de Nova Odessa, a presidente da Associação Comercial da cidade, Juçara Rosolen (Novo), é a única mulher na disputa.
Em 2020, o município teve sete candidatos a prefeito e nenhuma representante feminina no pleito. Paulínia tem nove candidatos à prefeitura. Priscilla Bittar (PSB) é a única mulher. Nas eleições de 2020, dentre os seis candidatos, havia somente uma mulher no pleito, Nani Moura, que, neste ano, disputa o cargo de vice-prefeita ao lado do ex-prefeito Edson Moura (Avante).
Para o cargo de vice-prefeito, seis mulheres estão na
disputa do total de 26 candidatos. Em 2020, quatro mulheres concorreram como
vice. Com cinco candidatas, Paulínia é a cidade com maior número de mulheres
que querem ser eleitas vice-prefeitas: Carina Mendes (vice de Robert Paiva);
Nani Moura (vice de Edson Moura), Lucila Pavan (vice de Tuta Bosco), Silvia
Rego (vice de Bononi) e Claudia Pompeu (vice de Dr. Lafaiete Biet). Em 2020,
duas mulheres estavam na disputa para vice-prefeita.
Em Monte Mor, Silvana Zanetti (Pode) é candidata a
vice-prefeita junto com o atual Chefe do Executivo, Edivaldo Brischi (PSD), que
disputa a reeleição. Em 2020, uma mulher disputou o cargo de vice. Em
Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré nenhuma mulher disputa o cargo de
vice-prefeita nestas eleições. No pleito de 2020, havia uma representante
feminina na disputa.
No geral, contando todos os cargos em disputa nas eleições
municipais deste ano, a participação feminina está menor comparado com 2020. O
TSE informa que para o pleito de 06 de outubro foram registradas um total de
496 candidaturas femininas nas cinco cidades da região. O número é 10,33% menor
se comparado às eleições municipais de 2020, quando 553 mulheres estavam na
disputa.
MULHERES REPRESENTAM 52,13% DO TOTAL DE ELEITORES DA REGIÃO
Embora a participação feminina na disputa de cargos
políticos ainda seja a acanhada, as mulheres representam 52,13% do total de
eleitores da região. De acordo com dados do TSE, juntos, os municípios de
Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia possuem 543.235 pessoas
aptas a votar no dia 06 de outubro. Desse número, 283.214 são mulheres.
A decisão é delas: mulheres representam 52,13% do eleitorado
da região
Dados das Eleições Municipais de 2024, divulgados pelo TSE,
revelam que as mulheres representam a maioria do eleitorado brasileiro:
81.806.914 eleitoras, o que equivale a 52,47% do total. Os homens, por sua vez,
totalizam 74.076.997 eleitores (47,51%). Um pequeno percentual, 0,02%,
correspondente a 28.769 pessoas, não informou o sexo. “Esses números refletem a
importância das mulheres no processo eleitoral”, diz nota do TSE.
A distribuição geográfica do eleitorado mostra que, em quase
62% dos municípios brasileiros, as mulheres são maioria, totalizando 3.432
localidades onde o eleitorado feminino supera o masculino. Em contraste, 38%
dos municípios, ou 2.126 localidades, têm a maioria de homens votantes.
LEIS E CAMPANHA INCENTIVAM PARTICIPAÇÃO FEMININA, DESTACA
TSE
Para incentivar o protagonismo feminino na política e na
disputa de cargos eletivos, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mantém uma
campanha permanente, por meio do projeto #ParticipaMulher. A página na Internet
reúne informações sobre a história do voto feminino, as primeiras mulheres a
conquistar espaços de relevância no meio político e notícias que abordam a
atualidade dessa participação.
A página faz parte das ações da Comissão TSE Mulheres,
instituída em 2019, pela então presidente do Tribunal, a ministra Rosa Weber,
para atuar no planejamento e no acompanhamento de ações relacionadas ao
incentivo à participação feminina na política e na Justiça Eleitoral. A ideia é
inspirar mulheres a ocuparem cargos políticos e mostrar que o aumento de
lideranças femininas é bom para toda a sociedade.
Página do TSE na Internet reúne informações sobre a história
do voto feminino
O TSE também destaca a criação de legislação que favorece a
participação da mulher na política. Por meio da criação da lei de cota, em
1997, cada partido ou coligação passou a preencher o mínimo de 30% e o máximo
de 70% de candidaturas de cada sexo nas eleições para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa do Distrito Federal, as Assembleias Legislativas estaduais e
as Câmaras Municipais. A regra passou a ser obrigatória em 2009.
Em 2018, na tentativa de avançar no tema, o TSE decidiu que
os partidos políticos devem reservar pelo menos 30% dos recursos do FEFC (Fundo
Especial de Financiamento de Campanha), conhecido como Fundo Eleitoral, para
financiar candidaturas femininas e que o mesmo percentual deve ser considerado
em relação ao tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de
rádio e televisão. Se o número de candidatas ultrapassar essa cota, o repasse
dos recursos também deverá ocorrer na mesma proporção.
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