Edinho quer proibir músicas com apologia ao crime, drogas e palavras obscenas em Sumaré
Durante as crescentes preocupações com a influência de
conteúdos musicais sobre crianças e adolescentes, o vereador Professor Edinho
(Republicanos), propôs um Projeto de Lei que busca proibir a reprodução de
músicas com apologia ao crime, uso de drogas, violência, conteúdo pornográfico
ou linguagem obscena nas escolas municipais de Sumaré.
A proposta, atualmente em tramitação na Câmara Municipal,
surge em resposta ao que o vereador classifica como um “cenário alarmante de
sexualização infantil” e exposição precoce de menores a conteúdos impróprios,
muitas vezes disseminados por meio de redes sociais como o TikTok.
“Educação é base, respeito é prioridade. Nossa missão é
garantir que o ambiente escolar seja um espaço saudável, seguro e inspirador,
onde o aprendizado seja fortalecido por valores que construam cidadãos
conscientes e preparados para o futuro”, afirmou o vereador.
O projeto determina que fica proibida a reprodução de
músicas, nas dependências das escolas municipais de Sumaré, que façam apologia
ao crime, ao uso de drogas ou à violência, contenham conteúdo pornográfico ou
linguagem obscena, utilizem expressões de duplo sentido que possam promover
ideias inadequadas ao desenvolvimento moral de crianças e adolescentes, e a
proibição se estende a eventos promovidos pelas escolas, além de apresentações
realizadas por professores, alunos ou convidados, tanto de forma presencial quanto
virtual.
O projeto ainda prevê que a fiscalização caberá às diretorias das escolas municipais, e que o descumprimento poderá resultar em sanções administrativas, a serem definidas pelo Poder Executivo em até 90 dias após a sanção da lei. Embora obrigatório para a rede municipal, o cumprimento será facultativo para escolas estaduais, particulares e instituições de ensino superior.
Na justificativa da proposta, Professor Edinho destaca a
crescente circulação de vídeos nas redes sociais em que crianças e adolescentes
aparecem dançando coreografias sexualizadas dentro de escolas, inclusive com a
presença de professores. Segundo ele, essas coreografias são impulsionadas por
músicas com letras que trazem cunho sexual, apologia ao crime e às drogas.
A proposta cita ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente
para fundamentar que a exposição a esses conteúdos viola o direito à formação
moral e psicológica saudável. O vereador reforça que crianças são “pessoas em
desenvolvimento”, e, portanto, vulneráveis à influência de conteúdos
impróprios, mesmo que disfarçados sob o rótulo de “cultura” ou “diversão”.
“A exposição repetida de crianças a esse tipo de música nas
redes sociais atrai adultos com intenções criminosas, contribuindo para a
exploração e a sexualização infantil”, alerta Edinho no texto do projeto.
O vereador também citou que a proposta ganha ainda mais
importância após a denúncia do influenciador Felca, que expôs o problema da
sexualização infantil.
“Após a denúncia do influenciador Felca, precisamos agir. É
nossa responsabilidade proteger as crianças e adolescentes de conteúdos que as
expõem de forma perigosa e precoce”, declarou Edinho.
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