Ana Perugini questiona Estado sobre falhas na Conferência de Mulheres
A deputada estadual Ana Perugini (PT), procuradora especial
das mulheres na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), questionou o
Governo do Estado sobre supostas falhas ocorridas na 5ª Conferência Estadual de
Políticas para as Mulheres, realizada de forma virtual nos dias 21 e 22 de
agosto.
O questionamento foi feito por meio de requerimento de
informação protocolado na terça-feira (26) na Alesp e dirigido à secretária
estadual de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro.
No documento, elaborado a partir de relatos de delegadas que
participaram do evento, a parlamentar elenca problemas técnicos e operacionais,
incluindo a falta de um intérprete de Libras durante a conferência.
A parlamentar também questionou os critérios utilizados para
a realização da conferência de forma remota, para escolha do mestre de
cerimônia, quais medidas foram adotadas para garantir acessibilidade digital às
participantes e por que elas não tiveram direito à fala ou à manifestação via
chat.
“A conferência estadual deveria ser um espaço democrático de
escuta, construção coletiva e fortalecimento das políticas públicas voltadas às
mulheres. No entanto, relatos de delegadas eleitas apontam uma série de falhas
graves, desde a exclusão digital até o silenciamento das participantes,
culminando no encerramento abrupto e sem transparência do processo”, afirmou a
procuradora das mulheres.
No requerimento, a deputada Ana Perugini questiona a
justificativa formal para o encerramento da conferência sob alegação de
“inconsistências nos dados da delegação”, a nova data prevista para a retomada
dos trabalhos e a eleição das delegadas para a etapa nacional, que ocorrerá
entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em Brasília.
A parlamentar conclui o documento manifestando apoio às delegadas, que reivindicam a revisão da decisão de encerramento da conferência; transparência no processo de credenciamento, votação e escolha das delegadas; e compromisso institucional com a escuta ativa das participantes, respeito à diversidade e garantia de acessibilidade.
OFÍCIO AO GOVERNADOR
Em julho, a deputada encaminhou ofício ao governador
Tarcísio de Freitas (Republicanos), pedindo para que determinasse que a
conferência fosse realizada de forma presencial. Na ocasião, Ana afirmou que o
formato virtual exclui vozes periféricas, negras, indígenas, lésbicas, trans e
de outras identidades femininas.
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