Polícia
Cirurgias emergenciais e tratamentos de alto custo são narrativas usadas por golpistas

Suspeitos se aproveitam da causa animal e aplicam golpes em Sumaré

A comoção em torno de casos de maus-tratos e abandono de animais, que costuma mobilizar milhares de pessoas nas redes sociais, passou a ser explorada por criminosos em Sumaré. De forma calculada, golpistas criam perfis falsos, se apresentam como ONGs, protetores independentes ou tutores desesperados e divulgam fotos e vídeos de animais supostamente em situação crítica. O objetivo é comover o público e induzir doações para chaves PIX fraudulentas.

A estratégia segue um roteiro conhecido: histórias dramáticas são elaboradas para dar veracidade às publicações. Cirurgias emergenciais, tratamentos de alto custo e resgates urgentes são alguns dos enredos mais utilizados. Com a narrativa pronta, os criminosos incluem pedidos de ajuda financeira, reforçados por imagens fortes que despertam empatia imediata. Muitas dessas campanhas são, inclusive, impulsionadas por anúncios pagos, o que amplia o alcance das postagens e aumenta o número de potenciais vítimas.

A prática tem chamado a atenção de entidades de defesa animal e também da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sumaré. O advogado Leonardo Batista Magaroto, membro da Comissão de Proteção e Direito dos Animais, alerta que o crescimento desses golpes exige cautela por parte da população. Segundo ele, um dos principais sinais de fraude está justamente no uso de anúncios patrocinados.

Além da desconfiança inicial, especialistas orientam a adotar medidas simples antes de realizar qualquer doação. Entre elas, verificar se o perfil possui CNPJ, site oficial e histórico de atuação, bem como buscar relatos de pessoas que já tenham contribuído com a entidade.


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