Suspeito de feminicídio contra jovem de 21 anos se entrega à polícia em Hortolândia
O suspeito de matar a companheira de 21 anos com um disparo de arma de fogo na cabeça se apresentou à Polícia Civil nesta segunda-feira (22), em Hortolândia. O homem compareceu à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, onde o caso é investigado.
O crime ocorreu na última terça-feira (16), no bairro Parque do Horto, e vitimou Rayana Raissa Albuquerque de Matos. A jovem foi atingida por um tiro na cabeça e morreu no local.
Após o ocorrido, o suspeito, que tem 19 anos, deixou a residência e permaneceu foragido por alguns dias, até decidir se entregar às autoridades. A apresentação foi acompanhada por sua defesa.
Na semana passada, a advogada criminalista Andressa
Ferreira, que representa o investigado, afirmou que o jovem estava
emocionalmente abalado e que não tinha intenção de se furtar à aplicação da
lei.
Segundo a defesa, o homem sustenta a versão de que o disparo teria sido acidental. Ainda de acordo com a advogada, ele teria deixado o local por medo e por não saber como agir diante da situação. A defesa já havia adiantado que o acusado se entregaria à polícia até esta segunda-feira.
Conforme o boletim de ocorrência, o casal mantinha um
relacionamento havia cerca de dois anos e, recentemente, passou a morar na casa
da mãe do suspeito. Eles moravam há aproximadamente duas semanas no local.
No momento do crime, a mãe do suspeito e o bebê do casal, de
apenas dois meses, estavam na sala da residência, enquanto Rayana preparava o
jantar. Em determinado momento, o homem retornou ao imóvel e foi ao banheiro
junto com a companheira.
Ainda segundo o registro policial, um disparo foi ouvido
logo em seguida. O suspeito teria informado à mãe que Rayana havia sido
atingida enquanto ele tentava tirar uma foto. Um amigo do suspeito entrou na
casa, recolheu a arma que estava no chão do banheiro e deixou o local.
Após o ocorrido, o acusado e o amigo fugiram em uma
motocicleta. A Polícia Civil informou que não havia registros anteriores de
violência doméstica nem medidas protetivas envolvendo o casal.
Durante a perícia, uma cápsula de calibre .40 e o telefone
celular da vítima foram apreendidos. O caso foi registrado como feminicídio, e
o bebê ficou sob os cuidados do avô materno enquanto as investigações seguem em
andamento.
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