Polícia
Caso de Nicolly Pogere foi encaminhado ao Ministério Público e conta com denúncia apresentada

Polícia Civil termina investigações 30 dias após feminicídio de Nicolly

Corpo da adolescente de 15 anos foi encontrado às margens de lagoa do Jd. Amanda, em Hortolândia; apurações apontam que ela foi vítima de esfaqueamento e esquartejamento cometido por dois adolescentes, de 17 e 14 anos

A Polícia Civil anunciou nesta segunda-feira (18) a conclusão das investigações sobre o feminicídio da jovem Nicolly Fernanda Pogere. Há um mês, o corpo da menina de 15 anos foi achado às margens da lagoa do Jardim Amanda, em Hortolândia.

De acordo com a investigação, Nicolly foi esfaqueada e esquartejada em um crime caracterizado por “requintes de crueldade” e “violência extrema”. O corpo foi localizado no dia 18 de julho e o sepultamento aconteceu dois dias depois, em meio a protestos e comoção em Mococa, cidade onde ela residia com a família.

Morte de Nicolly motivou protesto na cidade

A investigação da Polícia Civil resultou na identificação de dois adolescentes, de 17 e 14 anos, que admitiram a prática do delito, foram apreendidos e tiveram a medida de internação provisória determinada.

O caso foi encaminhado ao Ministério Público, conforme o delegado José Regino Melo Lages Filho, do 2º DP (Distrito Policial) de Hortolândia e responsável pelo inquérito. Além disso, segundo o delegado, a denúncia já foi oficialmente apresentada à Justiça.

O delegado também revelou que os adolescentes apreendidos foram submetidos a uma audiência há aproximadamente duas semanas, e ele acredita que a Justiça deve emitir sua decisão em breve. Os acusados tiveram a internação provisória decretada por 45 dias.

FAMÍLIA FOI ÀS RUAS

No fim de julho, familiares, amigos e moradores de Hortolândia se reuniram em uma manifestação pacífica para pedir justiça por Nicolly. A passeata teve início no Jardim Amanda I, onde o corpo da adolescente foi encontrado.

O protesto foi convocado nas redes sociais pela mãe da vítima, Priscila Magrin, que veio de Mococa, especialmente para o ato. Ela e o pai da jovem retornaram à cidade pela primeira vez desde o crime nesta ocasião.

A mobilização aconteceu de forma pacífica, com cartazes, camisetas com a foto de Nicolly e pedidos por mudanças na legislação. Muitos participantes criticaram o fato de os envolvidos serem menores de idade e, por isso, responderem como “inimputáveis” perante a Justiça.

De acordo com a Polícia Civil, os adolescentes suspeitos de assassinarem Nicolly utilizaram um carrinho de mão para transportar o corpo da vítima até a lagoa do Jardim Amanda. Ambos estão apreendidos após serem capturados em Cornélio Procópio (PR).

Segundo o delegado, perícia adicional foi executada e foram detectados vestígios de sangue em várias áreas da residência do adolescente. Duas facas de cozinha e uma marreta, possíveis ferramentas usadas no delito, foram apreendidas. Os objetos foram coletados e enviados para exame pericial.

A nova perícia foi requisitada depois que servidores da prefeitura avistaram antebraços e as pernas da jovem às margens da lagoa.


 

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