Júri popular de acusado de matar mãe e filho começa nesta quinta em Sumaré
Fórum julga, a partir das 9h, César Francisco Moranza
Júnior, de 54 anos, pela morte de Fernanda Silva Bim, 44, e do filho dela,
Maurício Silva, 24; corpos foram encontrados esquartejados em canavial situado
em Santa Bárbara d’Oeste
O julgamento de César Francisco Moranza Júnior, de 54 anos, acusado de matar Fernanda Silva Bim, de 44, e o filho dela, Maurício Silva, 24, será realizado nesta quinta-feira (28), a partir das 9h, no Fórum de Sumaré.
Ele responde por duplo homicídio, tentativa de homicídio contra a ex-sogra, de
67 anos, além de ocultação de cadáver e furto. Mãe e filho eram moradores do
Jardim Amanda, em Hortolândia. A confirmação do júri foi feita pelo Ministério
Público ao Tribuna Liberal nesta quarta-feira (27).
César Francisco Moranza Júnior responde por quatro crimes
O crime aconteceu em outubro de 2023, na Vila Santana. De
acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu teria atraído mãe e filho
para um imóvel vazio e atirado contra as vítimas com um revólver calibre 32. Os
corpos foram esquartejados e abandonados em uma área rural de Santa Bárbara
d’Oeste.
Ainda segundo a acusação, o crime teria sido motivado por
dívidas que César possuía com Fernanda, alvo de constantes cobranças. A mãe
dela também foi atacada com golpes na cabeça, mas conseguiu sobreviver. O
acusado, que é neto do ex-prefeito de Sumaré, Aristides Moranza, ainda teria
furtado um celular durante a ação.
Na época, policiais civis prenderam o acusado. Os corpos foram localizados em um canavial. O cadáver de Fernanda foi encontrado mutilado, sem as pernas, braços e com a arcada dentária arrancada. O corpo dela foi achado na mesma região que o do filho, em Santa Bárbara d’Oeste, que também teve braços e pernas arrancados. O acusado confessou o crime e é ex-namorado de Fernanda.
PARTICIPAÇÃO DE PRIMO
Aristides Moranza Neto, de 41 anos, primo do réu, também foi
denunciado, mas somente por ocultação de cadáver. O processo dele foi separado
e está em análise no Tribunal de Justiça de São Paulo, após recurso da defesa.
ACUSAÇÃO E DEFESA
Para a promotora Mariana de Melo Saraiva Marangoni, o crime
foi praticado por motivo torpe, com extrema crueldade e impossibilitando
qualquer chance de defesa das vítimas.
Já o advogado de César, Rodolpho Pettená Filho, afirmou que
sustentará a tese de excludente de ilicitude. Ele ressaltou ainda que, por se
tratar de um júri popular, a população pode acompanhar o julgamento.
Preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Hortolândia,
César será levado sob escolta ao Fórum para participar da sessão.
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