César Moranza Júnior é condenado a 83 anos de prisão em Sumaré por matar mãe e filho
Depois de julgamento que durou quase 12 horas no Fórum da
cidade, réu foi responsabilizado pelo assassinato de Fernanda Silva Bim, de 44
anos, e de seu filho Maurício Silva, de 24; corpos foram esqurtejados
O Tribunal do Júri de Sumaré condenou na noite desta
quinta-feira (28) César Francisco Moranza Júnior, de 54 anos, a 83 anos e 13
dias de prisão em regime inicialmente fechado pelos crimes de duplo homicídio
qualificado, tentativa de homicídio, ocultação de cadáver e furto. A decisão
foi tomada após quase 12 horas de julgamento no Fórum da cidade e encerra um
dos casos mais violentos registrados na região nos últimos anos. Familiares e
amigos das vítimas acompanharam todo o julgamento, com camisetas brancas e
pôsteres pedindo justiça.
Segundo a denúncia do Ministério Público, em outubro de
2023, Moranza atraiu sua ex-namorada Fernanda Silva Bim, de 44 anos, e o filho
dela, Maurício Silva, de 24, moradores de Hortolândia, até um imóvel na Vila
Santana, onde os executou com disparos de revólver calibre 32. Os corpos foram
depois esquartejados e abandonados em um canavial em Santa Bárbara d’Oeste.
Fernanda Silva Bim, de 44 anos, e o filho Maurício Silva, de 24, foram esquartejados
Fernanda foi encontrada sem braços, pernas e com a arcada
dentária arrancada, enquanto o corpo de Maurício também estava mutilado. A
motivação seria que Fernanda cobrava dívidas do réu. A mãe de Fernanda, de 67
anos, também foi atacada com golpes na cabeça, mas sobreviveu.
O processo contou com forte comoção social. Julio Bim, irmão
de Fernanda, acompanhou a sessão no plenário do júri. Moranza Júnior, que já
estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia, foi levado
sob escolta até o Fórum.
Segundo o advogado de defesa do réu, Rodolpho Pettená Filho,
a presença dos familiares teria influenciado os jurados como também o juiz
“para aplicar a pena muito acima dos parâmetros legais”
"A pena de 83 anos ficou bem acima do mínimo legal. A
votação dos jurados foi manifestamente contrária às provas dos autos. Portanto,
já dei entrada com recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo em busca da absolvição ou redução da pena do réu e caso seja
necessário recorremos também para os Tribunais Superiores em Brasília”,
afirmou.
Além de César, o primo dele, Aristides Moranza Neto, de 41 anos,
também foi denunciado por participação no caso, acusado de ocultação de
cadáver. Seu processo corre em separado no Tribunal de Justiça de São Paulo.
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