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Moradora de Paulínia foi condenada após pichar frase ‘Perdeu, mané’ na estátua do Supremo

STF mantém condenação a paulinense que pichou estátua em ato em Brasília

Ministro Alexandre de Moraes rejeitou recurso da defesa de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro; ré foi culpabilizada por crimes como golpe de Estado

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter a condenação da moradora de Paulínia Débora Rodrigues dos Santos, participante dos atos de 8 de janeiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes rejeitou nesta segunda-feira (18) o recurso da defesa, que buscava rever a sentença de 14 anos de prisão.

Em abril deste ano, a Primeira Turma do STF já havia definido a pena da cabeleireira pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A acusada ficou marcada pelo ato de pichar a estátua “A Justiça”, símbolo que fica em frente à sede do STF, com a frase “Perdeu, mané”.vA defesa de Débora entrou com recurso pedindo os chamados embargos infringentes, que permitem revisão quando há ao menos dois votos divergentes pela absolvição ou redução de pena. O julgamento, no entanto, terminou em 4 votos a 1.

Moraes destacou que apenas um ministro se posicionou pela absolvição parcial em relação à dosimetria da pena, o que não configura divergência suficiente para esse tipo de recurso. “Assim, trata-se de somente um voto vencido pela absolvição parcial, conforme demonstrado. Além disso, o voto vencido exclusivamente quanto à dosimetria da pena não configura divergência passível de oposição de embargos infringentes”, afirmou Moraes.

Com a negativa, a decisão passa a ser definitiva no âmbito do STF, e a execução da pena será iniciada. Desde março, Débora cumpre prisão domiciliar, em razão de ter filhos menores de idade. A manutenção da condenação reforça a linha dura da Corte em relação aos atos de 8 de janeiro, considerados ataques graves à democracia e às instituições brasileiras.


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