Petroleiros fazem greve e protestam em frente à Refinaria de Paulínia
Petroleiros iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (15) e realizaram um ato em frente à Refinaria de Paulínia (Replan). A mobilização faz parte de uma paralisação nacional da categoria, aprovada após a rejeição da segunda proposta apresentada pela Petrobras nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a
proposta da empresa não contemplou pontos considerados essenciais, como o
encerramento dos planos de equacionamento do déficit da Petros, que geram
descontos adicionais nos salários e benefícios, além de mudanças no plano de
cargos e garantias contra medidas de ajuste que impactem os trabalhadores.
Os sindicatos também criticam o modelo de gestão adotado
pela estatal, apontando preocupação com o avanço de terceirizações e parcerias,
que, segundo a categoria, fragilizam as relações de trabalho e enfraquecem a
Petrobras como empresa pública. A FUP afirma ainda que decisões unilaterais
tomadas pela companhia ao longo das negociações dificultaram o diálogo.
A Petrobras informa que a paralisação não deve afetar a
produção. “A Petrobras informa que foram registradas manifestações em unidades
da companhia em virtude de movimento grevista. A Petrobras afirma que não há
impacto na produção de petróleo e derivados. A empresa adotou medidas de
contingência para assegurar a continuidade das operações e reforça que o
abastecimento ao mercado está garantido. A empresa respeita o direito de
manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades
sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas. A
Petrobras está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o
final de Agosto deste ano. Na última terça-feira (09/12) a companhia apresentou
sua última proposta, que contempla avanços aos principais pleitos sindicais. A
Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de
negociações com as entidades sindicais”, conclui a nota.

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