Hortolândia promove conscientização contra doação de esmolas na cidade
Hortolândia promove, a partir desta semana, uma campanha de conscientização sobre a doação de esmolas a pessoas em situação de rua existentes no município. O objetivo da prefeitura é sensibilizar a população em geral sobre a importância de refletir sobre o tema, de modo a melhor atender este segmento e a fortalecer as políticas públicas nesta área. Baseada em dados do mapeamento de 2025, a Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social afirma que a doação de esmolas favorece o uso de álcool e outras drogas, mantendo esta população em constante vulnerabilidade.
Segundo dados levantados pela Secretaria de Inclusão e
Desenvolvimento Social, 123 pessoas vivem em situação de rua em Hortolândia, em
2025. Em 2024, havia 150 pessoas nesta condição. Das 92 que aceitaram
participar da pesquisa feita pela equipe do SEAS (Serviço Especializado de
Abordagem Social), no dia 9 de abril de 2025, 71 se declararam homens; 19,
mulheres e 2, mulheres trans/travestis; 43 se afirmaram pardas; 27, brancas;
18, pretas; 3, indígenas e 1 amarela.
Perguntados sobre como ganham dinheiro, 70 responderam às
questões, sendo que 43 afirmaram trabalhar com reciclagem; 7 como vendedores; 6
como flanelinhas, 5 na construção civil e 9 com em algum trabalho formal.
Por que vivem na rua? Com relação a este item, a pesquisa mostrou
que os dois motivos mais relevantes para esta escolha são a dependência
química, isto é, o uso e abuso de álcool e outras drogas (crack, cocaína,
maconha, dentre outras) e os conflitos familiares.
“Campanhas que desestimulam a doação de esmolas são fundamentais
para conscientizar a população sobre os impactos negativos dessa prática. A
esmola, muitas vezes, acaba sendo usada para sustentar vícios como álcool e
outras drogas, perpetuando o ciclo da vulnerabilidade. Em vez disso, é
essencial incentivar o encaminhamento dessas pessoas aos serviços
socioassistenciais. A ajuda responsável promove dignidade, acolhimento e
possibilidades reais de reintegração social. Conscientizar é o primeiro passo
para transformar vidas”, explica o secretário-adjunto da pasta, Gérson
Ferreira.
A campanha se estenderá por cerca de 15 dias, em todas as
regiões da cidade. Depois disso, haverá monitoramento constante das ações. Além
de “outdoors” e “mini outdoors” espalhados pelos bairros, haverá panfletagem e
afixação de cartazes no comércio local.
Durante a mobilização, as equipes de abordagem social
falarão com comerciantes e demais munícipes sobre o assunto, mostrando que o
município conta com serviço especializado para o atendimento deste público,
sendo desnecessária a doação de alimentos e dinheiro, e explicando porque a
doação de esmolas favorece o uso de álcool e outras drogas.
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