Educação
Projeto é voltado para crianças de 10 a 14 anos da rede pública de ensino

Escola de Vôlei ganha força em Sumaré e Hortolândia e tem semestre positivo

Projeto social utiliza vôlei para transformar vidas e muda rotina de 95 crianças da rede pública de ensino; com treinos gratuitos e acompanhamento profissional, projeto liderado pela Associação Amigos de Nova Veneza registra aprovação

A educação por meio do esporte vem ganhando força em Sumaré e Hortolândia com o projeto Escola de Vôlei: Educando para a Vida, que acaba de concluir mais um semestre de atividades com resultados. Voltada para crianças de 10 a 14 anos majoritariamente da rede pública de ensino, a iniciativa tem proporcionado oportunidades de desenvolvimento físico, pessoal, educacional, cognitivo e socioemocional por meio do voleibol.

Idealizado pelo educador físico Hugo Jasiulionis, e organizado pela Sanova - Associação Amigos de Nova Veneza, o projeto oferece treinos gratuitos com acompanhamento profissional e atividades que promovem valores fundamentais como disciplina, respeito, trabalho em equipe e autoestima. Atualmente, 95 crianças são atendidas em treinos realizados duas vezes por semana, em quadras de escolas públicas das duas cidades.

“Ao entrar na quadra, essas crianças não apenas aprendem a jogar vôlei, mas também descobrem que têm potencial para ir além”, afirma o professor Hugo.

Em um contexto onde o sedentarismo e a falta de perspectivas são realidade para muitos jovens, o projeto se destaca como um exemplo de como o esporte pode transformar vidas — dentro e fora das quadras.

Ana Maria Gomes, mãe da aluna Sophia Jacinto Gomes, de 12 anos, conta como o vôlei influenciou positivamente a rotina da filha. “Ela se adaptou muito bem ao vôlei. Está sempre animada, acorda cedo sem eu precisar chamar. Diminuiu bastante o tempo no celular, o que era uma preocupação. As notas melhoraram, e até no fim de semana ela vai jogar vôlei na quadra de areia”, relata.

Sophia, que entrou no projeto sem qualquer experiência no esporte, hoje se diz realizada. “Quando entrei, não sabia nada. Agora consigo jogar, fiz muitas amizades e gosto muito dos professores Iara, Verlaine e Hugo”, compartilha.

Bruna Alves, mãe de Lucas Alves Leal, de 11 anos, também destaca a importância da iniciativa. “O Lucas estava desanimado. Ele estuda à tarde e passava as manhãs dormindo. Desde que começou no vôlei, acorda cedo, participa com alegria e está mais motivado até para ir à escola. Melhorou o rendimento, a autoestima e o humor. O projeto é maravilhoso, e os professores são muito dedicados”. Lucas completa: “Gosto muito das professoras, tenho muitos amigos lá. Me sinto mais animado em participar”.

Ambas as mães são unânimes ao elogiar a seriedade da iniciativa. “Os professores são incríveis, todos muito atenciosos e comprometidos. Esperamos que o projeto cresça e alcance ainda mais crianças”, reforça Bruna.

Muito além do esporte

Mais do que ensinar técnicas de jogo, a Escola de Vôlei: Educando para a Vida mostra que projetos sociais bem estruturados podem abrir novos horizontes e transformar realidades. O objetivo vai além da formação de atletas: é formar cidadãos mais conscientes, ativos e confiantes.

Além de promover inclusão social, o projeto busca reduzir a evasão escolar, melhorar o desempenho acadêmico e incentivar hábitos saudáveis. Atualmente, cerca de 80% dos alunos atendidos estão matriculados em escolas públicas, com uma meta de manter 95% de assiduidade. “Nosso sonho é expandir para outras escolas no próximo ano, com o apoio de empresas da região”, destaca Hugo.

Apoio das empresas

O sucesso do projeto depende da parceria com empresas socialmente responsáveis e da comunidade local. A infraestrutura atual só foi possível graças ao suporte das escolas que cederam os espaços físicos e ao apoio financeiro de empresas como Adere Produtos Adesivos e Buckman Chemistry. “Estamos em busca de novas empresas para que o projeto continue impactando a vida dessas crianças”, reforça Hugo.

Com base no Decreto nº 6.180/2007, que regulamenta a Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/2006), empresas tributadas pelo Lucro Real podem destinar até 2% do Imposto de Renda devido a projetos esportivos e paradesportivos aprovados pelo Ministério do Esporte.

Essa é uma forma estratégica de investir em transformação social sem custo adicional — redirecionando parte dos tributos já obrigatórios para iniciativas que geram impacto real na comunidade. Além de exercer seu papel social, a empresa fortalece sua imagem institucional e colabora diretamente para a formação de futuros cidadãos.

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